Os cenários supostamente idílicos do Novo Mundo inspiraram várias das utopias e ideologias sociais europeias, além de haver motivado leituras românticas sobre os seus acontecimentos.
Nos situamos com isto especialmente entre o Renascimento e Iluminismo, quando surgiram os primeiros pensadores sociais “clássicos”, num tempo em que os filósofos buscavam substratos para repensar o mundo.
As leituras eram comumente românticas e não raro serviam para inspirar e ilustrar as ideias dos próprios “pensadores”, sem maior aprofundamento nas estruturas sociais e culturais destas sociedades. Vamos a alguns exemplos.
A “Nova Atlântida” (1610), de Francis Bacon (1561-1626), político, filósofo e escritor, considerado “o fundador da ciência moderna”, mostra o ideal de uma sociedade igualitária, não obstante nitidamente inspirada nos navegadores que traziam informes sobre a cultura asteca e adjacentes.
Os episódios das reduções jesuíticas, foram vistas por Voltaire (1694-1778) como um “triunfo da humanidade”, levando a acreditar numa sociedade mais humana e natural.
Depois temos a famosa obra “Do Contrato Social” (1762) de Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), onde trata do mito do “bom selvagem”, inspirado nos índios americanos e sobretudo canadenses aliados dos franceses.
E muito mais ocorreu neste sentido, coisa que estudiosos mais ilustrados podem auxiliar a levantar. Neste tributo a Europa “recompensava” as espoliações mercantis em torno dos povos e regiões que explorava, bastante com mão-de-obra negra é verdade.
O papel das Ordens Secretas
Depois que este conjunto de ideias e de percepções se cristalizou na Revolução Francesa, esta foi que se tornou a referência central para as investidas sociais do Velho Mundo (e por vezes até –paradoxalmente!- do Novo Mundo) pelos séculos seguintes.
Neste curso histórico, e já sob a coordenação da burguesia, a Ciência avançou levando boa parte da filosofia ao materialismo e ao pragmatismo. A maldição do templário Jacques de Molay ajudou a olhar a Igreja com maus olhos e a desencadear mudanças sociais mundo afora –especialmente através do neo-templarismo maçônico-, rompendo em definitivo com a estabilidade da época medieval.
Porém, já era mesmo o tempo para tudo isto acontecer, e foram os próprios templários reorganizados que protagonizaram as primeiras grandes descobertas marítimas mundo afora, a partir da Escola de Sagres.
O colonialismo europeu enriqueceu as coroas que investiram nas artes e nas ciências, resultando nos faustos do Renascimento e sua opulência cultural. Sobre esta base a burguesia também se emancipou e passou a controlar o destino das nações.
Contudo, uma síntese ainda se encontra em andamento. O certo, é que a Descoberta do Novo Mundo definitivamente provocou –ou consolidou- as mudanças do nosso planeta.
Luís A. W. Salvi é autor polígrafo e polímata sul-americano cujas obras são divulgadas pelo Editorial Agartha.
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