A Tradição Primordial também é dita "perene" porque sabe se transformar e adaptar, seguindo as próprias diretrizes da vida, sobre balizas universais que asseguram o equilíbrio do Todo, hoje em dia também chamado de “Holístico”. Costuma-se definir este eixo através de Trindades divinas.
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COMO SE CONSTRÓI UMA NAÇÃO – EVOLUÇÃO HUMANA & EDUCAÇÃO PERMANENTE

Todo o Hemisfério Sul do planeta e parte do Norte estão hoje constituídos por nações em formação herdadas dos processos de colonização dos últimos quinhentos anos de História.
Uma nação se constrói pela educação e pela evolução social, não pela revolução ou conflito entre classes ainda em formação. Revoluções dependem de se ter um bolo sólido para repartir, no caso, uma sociedade previamente estruturada. 

Afinal seus antepassados não foram papas, nobres ou fidalgos, e sim índios, negros e degradados; por isto precisamos mais de evolução social do que de revolução social; mas sem perder estas bases culturais é claro.
A grande resposta política para as novas nações, 
está em atacar o velho problema do colonialismo a fim de estancar a sangria de recursos para haver o necessário para todos e fomentar o dinamismo sócio-cultural. É muito importante enfatizar a questão cutural no caso das nações-em-formação. Então, a grande questão é investir no Dinamismo Social –e Cultural- através da educação permanente.


1. PROLETARIADO. Na base de tudo, está a situação dos párias miseráveis que sofrem a exclusão social pelas razões mais torpes como raça, sexo, herança e cultura. Todos estes alijados devem ter a oportunidade de sair da exclusão e receber trabalho, recursos básicos de subsistência e acesso à educação elementar. Com isto podem ingressar na classe proletária e usufruir de uma dignidade mínima na vida.


2. BURGUESIA. Logo, os proletários devem ter a oportunidade de ascender social e economicamente, através da progressiva qualificação do trabalho recompensado, e pelo controle dos próprios meios de produção e da educação média de qualidade, tendo acesso assim à certa prosperidade econômica e à cultura humanista. Com isto podem ingressar na classe burguesa e usufruir de uma dignidade razoável na vida.

3. ARISTOCRACIA. Em seguida, os burgueses devem ter a oportunidade de ascender para uma formação idealista através da aquisição de nobres concepções sociais, nacionais e espirituais, assim como à cultura realmente ampla da verdadeira educação superior. Consagrará daí parte ou todo o seu tempo em favor da cultura e também do seu patrimônio herdado ou adquirido em prol de situações sociais mais elevadas, como são empresas com capital social, comunidades holísticas, meio-ambiente e a defesa dos interesses comuns, assim como a prática sistemática da docência. Com isto podem ingressar na classe da aristocracia cultural, onde se busca aprimorar um equilíbrio de valores e a verdadeira vocação política cidadã. 

4. CLERO. Por fim, os próprios nobres ou aristocratas devem ter a oportunidade de voltar-se plenamente para a espiritualidade, dedicando-se integralmente aos valores mais elevados e refinados e consagrando-se às experiências espirituais, praticando o desprendimento e especializando-se nos saberes mais sutis e refinados. Com isto podem consumar o Plano de vida do ser humano, coisa perfeitamente possível e até necessária no ciclo atual da humanidade que começa agora, conquistando daí as chaves da imortalidade. Não obstante, realizando tais tarefas em tempo hábil, a pessoa ainda pode se capacitar para avançar sobre energias consideradas supra-humanas, daquele tipo que detém os Mestres de Sabedoria ou os próprios avatares, auxiliando a preparar assim as etapas futuras da humanidade.

os quatros ashramas
O quadro aqui descrito pode ser mais ou menos observado na formação das nações antigas, ainda que com o passar do tempo haja tendência à cristalização de classes gerando as castas ou classes fixas estratificadas com maior ênfase na economia do que na cultura 
–quando então sim, começam os ciclos de revoluções desconstrutivas e materializantes.
No Brahmanismo em especial, as etapas espirituais estavam perfeitamente associadas às instituições sociais através da Educação Permanente, codificadas através dos ashramas, base posterior para a educação de varna, as castas.

Leia também:

Os ashramas e a educação sócio-espiritual hindu
Classes sociais e estados-de-consciência: correlaçõs originais


Luís A. W. Salvi é autor polígrafo e polímata sul-americano cujas obras são divulgadas pelo Editorial Agartha.
www.agartha.com.br
webersalvi@yahoo.com.br 
(+55) (51) 99861-5178

2 comentários:

  1. Acho fascinante, mas não está apontando para a igualdade e sim para a continuação de uma sociedade de classes.Como se isso não tivesse sido uma imposição e sim algo natural.

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    1. então uma evolução social generalizada não seria igualdade?! Depois mesmo na Índia a tal imposição é relativa como se sabe. Mas não sustentamos os modelos atuais e sim regenerados.

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